Campeonato Nacional de Juvenis Femininos - Clube Vela de Tavira vs CDC Albufeira
Campeonato Nacional de Juvenis Femininos - Clube Vela de Tavira vs CDC Albufeira
Esta deslocação a Tavira para defrontar o clube local, revelava-se de extrema dificuldade, já que a equipa adversária tem no seu interior diversas jogadoras com a idade máxima permitida (17 anos). Este novo alargamento do escalão de juvenis femininos, por exclusão do de juniores, provoca estas dissimetrias. Ou seja, hoje tivemos atletas a competir com três anos de diferença, o que nestas idades de adolescentes faz muita diferença.
Não se encontra em causa o real valor da equipa do Vela de Tavira que conta com jogadoras muito poderosas e com nível técnico acima da média, mas a gestão de uma equipa de primeiro ano de juvenil, onde a maior parte das jogadoras são iniciadas, tem aspectos que ainda não podem ser colmatados devido á diferença de experiências e de maturidade.
Mas nada pode desculpar a entrada da nossa equipa dentro de campo. Completamente amedrontadas, vencidas em antecipação pelo “peso” das outras jogadoras, foi assim que nos apresentamos em Tavira. Não tivemos qualquer tipo de reacção, de braços caídos, continuamos desde o primeiro minuto da primeira parte, até que soou o apito para o intervalo. De permeio vislumbramos uma equipa sem qualquer tipo de garra defensiva, sem esboçar qualquer tentativa de contra-ataque, e com falta de argumentos ofensivos, tanto a nível colectivo como individual.
O resultado de 24-7 ao intervalo, a favor do adversário, espelha bem o que acabamos de dizer. O esquema defensivo apresentado pela nossa equipa, baseado no 3:2:1 até que nem esteve muito mal, em oposição ao ataque que esteve simplesmente ineficaz, permitindo muitos turn-overs, com o aproveitamento por parte da equipa adversária com contra-ataques demolidores.
O descanso e a palestra ao intervalo teve algum efeito nas nossas jogadoras, que passaram a ter um comportamento defensivo mais agressivo e inerentemente com resultados mais eficazes que vieram permitir alguns contra-ataques por parte da nossa equipa.
Ofensivamente a melhoria não foi significativa, tendo sido mais baseada na concretização de algumas jogadas de contra-ataque e de ataque rápido, do que na melhoria da técnica individual e consequentemente colectiva. O Vela de Tavira também aproveitou para rodar um pouco a equipa, o que veio trazer um parcial mais de acordo com o que a nossa equipa pode produzir, 15-11 a favor da equipa adversária. No final a partida apresentava um resultado favorável á equipa do Vela de Tavira, por 38-18, o que desde já consideramos ter sido uma justa vencedora.
Segundo palavras do “Coach Quim”, é com estas equipas que queremos jogar para vermos em que estado de desenvolvimento nos encontramos. Resta-nos assim retirar os pontos positivos e negativos deste encontro e projectá-lo no nosso futuro próximo, com a devida consciência de que temos muito a trabalhar e bem depressa, se queremos recuperar o que temos de atraso.
Equipa de arbitragem com muitos erros, inclusive de apreciação técnico individual, beneficiando principalmente a equipa do Vela de Tavira ( comportamento natural nestas situações de supremacia evidente) mas sem qualquer influência na vitória alcançada.
Alinharam e marcaram nesta partida:
Guarda- Redes – Inês Felix e Lígia Silva
Jogadoras de Campo – Mara Resende (3 golos); Catarina Gregório (1 golo); Beatriz Amaro (3 golos); Soraia Assis (1 golo); Catarina Martins (1 golo); Ana Oliveira (5 golos); Cristiana Silva (4 golos); Sara Roldam; Cláudia Dionisio;
Repórter Laranja
